segunda-feira, 23 de maio de 2011

E se Hitler tivesse ganhado a 2ª Guerra Mundial?

 Um fato inegável é que a Alemanha até 1942 colecionou apenas vitórias na Europa. O poderio militar alemão, aliado às táticas da blitzkrieg (a chamada "guerra rápida") não só imobilizava os inimigos pela surpresa, como exigia a rápida rendição das tropas, para evitar um número elevado de baixas. Os ataques eram violentos, com unidades móveis por terra, soldados ao lado, e o apoio aéreo da Luftwaffe. A Bélgica, por exemplo, foi conquistada em UM dia.

Para começar a entender como seria o mundo caso a Alemanha vencesse a guerra, temos que olhar nos fatos considerados fundamentais no conflito, e que viraram o jogo para os Aliados. E vamos começar pela invasão alemã à U.R.S.S.:

A Operação Barbarossa: um erro ou uma necessidade?

Em 22 de junho de 1941, Hitler deixa de lado o pacto de não-agressão assinado com os russos em 1939 (o Ribbentrop-Molotov) e ordena a invasão da U.R.S.S.

Os objetivos eram conquistar Moscou (a capital), Leningrado e Stalingrado, cidades-símbolos dos comunistas, e alcançar os campos de petróleo na região da Criméia, ao sul.

Só que os alemães não contavam com o uso da tática soviética conhecida como "terra arrasada". Os russos (exército e população civil) rumaram para o interior do país, deixando as cidades para trás completamente abandonadas e queimadas. O que não dava para carregar, era queimado. Até existia uma pequena resistência nas cidades, mas o grosso da população e da força militar soviética rumaram para o interior, concentrando-se nas 3 cidades citadas acima. Assim, quando os alemães cercaram estas cidades, tiveram não só uma resistência violenta da população e do exército vermelho, mas também um espaço aberto de aproximadamente 250Km entre os locais das batalhas e a fronteira com a Polônia, onde os alemães tinham bases militares instaladas.

Este hiato de espaço atrapalhou o abastecimento das tropas alemãs, ainda mais com a chegada do rigoroso inverno soviético. Mais uma vez os russos utilizavam o clima para vencer uma guerra. O que era uma operação militar para selar definitivamente o poderio alemão no continente, virou um pesadelo para as tropas alemães. Os caminhões e tanques atolavam na lama e na neve, os soldados sofriam com o frio e a alimentação era escassa.

Mas nós temos que pensar na possibilidade de vitória alemã, afinal, esse é o exercício proposto pelo título do texto. Caso os alemães conseguissem chegar aos campos de petróleo da Criméia, a "máquina de guerra" alemã tinha garantido seu combustível por muitos anos.Se Hitler não dividisse suas tropas em 3 frentes de batalha (uma rumo a Leningrado ao norte, outra rumo a Moscou no centro, e a terceira rumo a Stalingrado ao sul) e tivesse concentrado todas as forças para o sul, provavelmente teria uma sorte melhor, pois chegaria mais rápido ao objetivo de conquistar os campos de petróleo, e evitaria o rigoroso inverno no norte.

Esse enorme contingente de soldados e armas lutando na U.R.S.S. também deixou uma das frentes alemãs vulnerável. E foi por lá que aconteceu o Dia D.

O desembarque Aliado: o Dia D.
6 de junho de 1944. As praias da Normandia, ao norte da França, foram invadidas pelos Aliados na maior operação militar da Segundo Guerra. Mas até mesmo esta invasão, comandada por americanos e britânicos, com apoio de muitos franceses asilados na Inglaterra e tropas de outros países, teve parte de sua sorte definida pelas escolhas militares de Hitler.

Quando desviou tropas para a U.R.S.S., Hitler manteve as guarnições nas praias francesas, comandadas pelo tenente-general Erwin Rommel, o mesmo que comandou os Afrika Korps contra os britânicos na África. Mas mesmo os bunkers fortificados e as centenas de metralhadoras apontadas para as praias não conseguiram barrar os Aliados. Faltou material humano para lutar pelos alemães, tanto no desembarque dos Aliados, quanto nos dias seguintes.

Os Aliados dependiam muito do sucesso do desembarque, pois divisões inteiras de paraquedistas saltaram na França ocupada. Se os paraquedistas ficassem entre as linhas inimigas, a operação não teria o mesmo sucesso. Como a invasão dos Aliados deu-se em terreno tomado por alemães, as batalhas também foram violentíssimas.

Como eu já disse, se Hitler não desviasse as tropas para a U.R.S.S., talvez os Aliados não tivessem sucesso após o Dia D. Mesmo com o desembarque de tropas aliadas também na Itália, creio que os alemães conseguiriam superar os Aliados e manter sua hegemonia no continente.

Quais seriam as consequências dos sucessos alemães?

Podemos apenas imaginar, mas caso a Alemanha tivesse uma fonte maior de combustível, e não tivesse perdido tantos soldados na frente russa de batalha (só na rendição das tropas em Stalingrado, no final da batalha, estima-se que 200mil soldados alemães viraram prisioneiros de guerra dos russos), talvez a geopolítica mundial tivesse outra cara nas décadas seguintes.

O mundo poderia ter uma polarização diferente no pós-guerra, com os norte-americanos e os alemães comandando os dois lados da política mundial. A U.R.S.S. poderia assinar um armistício, ou até mesmo um acordo de cooperação mútua com os alemães. Talvez as bombas de Hiroshima e Nagasaki fossem jogadas em Berlim, mas talvez não, pois uma bomba nuclear muito perto de França e Inglaterra, aliados dos E.U.A., não seria bem vista.

A idéia da Alemanha como "cordão sanitário", para isolar o restante da Europa dos comunistas da U.R.S.S. poderia ser novamente colocada como desculpa para a vista-grossa dos Aliados frente aos avanços alemães. Mas com a Alemanha comandando ou influenciando diretamente grande parte do continente europeu (entre outras partes do mundo), os Aliados ficariam parados? Com certeza a guerra ia depender diretamente da fome alemã por territórios para extrair matérias-primas, ou então para influenciar economicamente. Caso os alemães parassem de lutar pelos territórios, a guerra cessaria.

E o pior: a intolerância étnica alemã seria tolerada pelos Aliados? Existiria a ONU, fundada após a Segunda Guerra? O Estado de Israel?
 


Em uma outra fonte, há um destino, mais resumido e mais completo com o que aconteceria e o destino do nazismo:

Neutralidade dos Estados Unidos: Os Estados Unidos e a Alemanha não se confrontaram diretamente, pois seus espiões descobriram que os nazistas possuía um vasto arsenal de “armas nucleares” e isto se conclui com uma resposta direta a França onde a cidade de Paris foi destruída com bombas nucleares. Aliados: A América do sul , após a segunda guerra e com a vitória de Hitler, a Argentina se aliou com os Nazistas e neste caso o Brasil de Getúlio Vargas ganha força e se alia também com a poderosa potência mundial, os nazistas que dão pleno poderes as suas duas confederadas para iniciar uma guerra fria entre os países vizinhos, “expansão geopolítica” e os Estados Unidos não conseguem implantar o seu apoio financeiro a outros países, pois perdeu muito dinheiro com a guerra fria com a União Soviética. Terroristas:Os judeus sumiram da Europa, e muitos deles se tornaram terroristas, e foram criadas várias redes internacionais, no intuito de tentar destabilizar a máquina nazista. Barreira do Atlântico: O mundo estava confuso em ideologias, e se dividiu automaticamente em dois blocos, de um lado países com o “selo do Estados Unidos” e países com selo “dos Nazistas”. Espiões: A Inglaterra se faz neutra entre as potências (ao único país a receber ajuda direta financeiramente dos Estados Unidos) e vende serviços de espionagem para quem puder pagar, neste caso os nazistas e os estados unidos enfrentam uma guerra oculta de espionagem. Novos Terroristas:O imperador Adolf Hitler sempre considerou o povo eslavo de inferior, ele condenou todos a misérias, então começaram a surgir redes terroristas na “Polônia”, “Rússia” e “Iugoslávia” e assim o declínio do império começou a aparecer , quando “terroristas brancos” e “terroristas judeus” se uniram e formaram numa só rede. A queda do Império Nazista: Em 1990 a destabilidade da Alemanha era muito grande e com o falecimento de Hitler, os seus ministros não conseguiram levar o nazismo adiante, os terroristas internacionais ajudaram a derrubar o império, pois eles estimulavam os países oprimidos e nisto os Estados unidos ganha força para financiar um golpe militar na Alemanha. No ano de 2003 é desfeita a potência sendo feita uma nova eleição na Alemanha que é democrática.
























Fonte: 

sábado, 12 de março de 2011

#Qual foi o pior país colonizador?


Você já se perguntou se, por acaso, o Brasil fosse colonizados por outra nação, que não fosse Portugal, como seria?
Dentre as nações mais colonizadoras do mundo, se destacam: Espanha, França, Holanda, Inglaterra e Portugal. Todos esses países já estiveram de olho no Brasil, chegando até a fundar cidades e apresentar sua cultura por aqui.
Toda essa disputa começou com o “Achamento” da América, porque descoberta ela já estava há muito tempo pelos povos nativos dessas terras, e se estendeu durante alguns séculos.
A Holanda perdeu vários territórios no Caribe, assim como também a França. Ambas para a toda poderosa Inglaterra. Essa disputa também se estendeu a África.
Mas o fato é... Portugal foi o pior colonizador? Ou seria a outro?

Para começar essa comparação é preciso se saber o que é IDH.
Que é o índice que mede os países levando em consideração fatores como a distribuição da renda, de saúde (taxas de mortalidade infantil e adulta) educação (taxas de alfabetização), desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres, sistemas de governo entre outras.
Esse índice é feito em todos os países do mundo, e possui um ranking dos melhores até os piores colocados. Como você poderá acompanhar abaixo.
Os fatores investigados pelo IDH, estão profundamente ligados a estrutura do país. Portanto, em suas raízes e na sua colonização e através dessa pesquisa pode-se esclarecer muito sobre o comportamento do país colonizador.

Enfim, para responder essas questões, comparei o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, de alguns (senão todos) países colonizados pelas nações descritas acima. Assim para instigar nossa imaginação e poder, nem que seja por pura utopia, imaginar como seria o Brasil colonizado por outro país, comparando-o com o desenvolvimento de todos os países que já foram colônia.


Portugal

Portugal mantinha colônias na África, Ásia e Oceania, além do Brasil. 
Comparando o Brasil aos demais países colonizados por Portugal, somos os mais desenvolvidos, no fator humano, ou seja, Educação, Cultura, Saúde, etc...


Espanha

A Espanha também “roubava” as riquezas latino-americanas e levava para a Europa, assim como Portugal. Porém, por medo de perder seus territórios para outra nação, povoou essas terras e assim desenvolve-as. Talvez, por isso mais países de língua espanhola tem um IDH maior, se comparado com os que falam português.

Inglaterra

Além de explorar as terras de sua autarquia, os ingleses a povoavam. Ou seja: Eles extraiam tudo que podiam, porém vinham morar nessas terras. Muitos territórios eram feitos de cadeia, punição pra quem infringisse alguma lei britânica. 


França

A França apenas explorava suas colônias, não tinham objetivo de povoá-las. Pois para eles a França era o melhor lugar do mundo. Além de perder vários territórios para a Inglaterra, dividiram erradamente os países francófagos na África, tribo inimiga com tribo inimiga no mesmo território. Com certeza o pior colonizador!


Holanda

Os mais oportunistas eram os holandeses. Tentavam invadir todos os territórios alheios, e sempre se devam mal. Suas colônias foram as últimas a serem emancipadas da Coroa . O Suriname não queria ser independente



O que todo esse Blá, Blá, Blá,  quer dizer?

Que através do IDH dos países que já foram colônias, podemos imaginar como seria o Brasil se não fossemos colonizados por Portugal.

1-) Portugal só colonizou intensamente o Brasil, depois que a França invadiu seu território na Europa. Caso contrário seriamos como as nação Luso-Africanas.

2-) Os ingleses poderiam ser os melhores colonizadores (se comparados aos outros povos europeus). Suas colônias sempre tiveram o intuito de ser uma extensão da Coroa, não somente um lugar para se extrair riquezas.

3-) Os franceses seriam os piores colonizadores, destruíriam o povo nativo e ainda por cima, roubariam as riquezas naturais. Coisa que portugal também fez, porém com o franceses seria incalculavelmente pior!

Então o pior país a colonizar outro é:


França




Parabéns (irônicamene, ok!?) por destruir metade do continente africano e abandonar o Haiti!


Seguida por: (Respectivamente)
Portugal
Holanda
Espanha
Inglaterra

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Novas postagens Pré Vestibular


Aulas sobre:

Roma


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Idade Média Oriental e Ocidental


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 Todos os arquivos:

http://www.4shared.com/dir/rGwUw8cf/Pr_Vestibular.html

Povos Pré-Colombianos

Jívaros - A Tribo encolhedora de cabeças

Na floresta, parte oriental do Equador vive uma tribo de aborígines chamada JÍVAROS, ferozes guerreiros que ficaram famosos no mundo inteiro por seu estranho hábito de degolar seus inimigos, e de usar estas cabeças como amuletos.
Ainda hoje, estes índios são completamente selvagens e não mantém contatos com o homem branco. O próprio governo do Equador, os ignora, afinal eles vivem completamente isolados no meio da floresta.
Os Jívaros possuem uma estatura média, corpo robusto, rosto redondo, e olhos negros. Os homens usam cabelos longos, vestem uma tanga e usam um estiletes de bambu atravessado nos lóbulos das orelhas. As mulheres tem cabelos longos, e usam um adorno no lábio inferior confeccionado de bronze. Ambos possuem lábios muito negros, em virtude de mascarem uma erva chamada Yanamuco. Os homens são bígamos, além de sua mulher ficam com mulheres capturadas nas guerras.
Como troféus de guerra, eles colecionam a cabeça do guerreiro derrotado.


A cabeça do inimigo vencido é reduzida e transformada em troféu, onde a alma do inimigo fica aprisionada. 
Analisando essas cabeças observa-se que os olhos e a boca eram costurados, o motivo desse ritual era que os ídios Jivaros acreditavam que retirando a cabeça e realizando o cerimonial o espírito do inimigo não mais o encomodaria.
O índio mata seu inimigo, corta sua cabeça, coloca-a num extrato vegetal de Yanamuco, que lhe da uma coloração negra e a conserva da ação do tempo.
Reunido com os homens da tribo; ele retirado do crânio os os miolos, músculos, olhos, língua. Depois a cabeça é enchida com areia e seixos quente, que são substituídos diariamente em um processo que dura dias.
Ambos processos fazem com que as células que compõem a parte óssea do crânio, se quebrem e e se contraiam a tal ponto de realmente diminuir o tamanho da cabeça. Em alguns casos a crânio chega a diminuir 50 % de seu tamanho e curiosamente através da regulamentação da contração da pele, os traços fisionômicos se mantém quase que perfeitos.


 Veja o video abaixo
 

Para ver mais imagens vejo o video abaixo:

 Fonte: http://www.assombrador.com

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Geopolitica Africana

Protestos contra o governo chegam à capital da Líbia

Manifestantes protestam em Benghazi
Relatos dizem que Benghazi foi tomada por manifestantes da oposição
Os protestos contra o governo do coronel Muammar Khadafi chegaram a Trípoli, capital da Líbia, neste domingo. É a primeira vez que há manifestações na capital.
Relatos não confirmados dizem que grupos contra e pró-Khadafi se enfrentam na praça Verde, no centro de Trípoli, e que há protestos em quatro áreas diferentes da cidade.
Testemunhas dizem que gás lacrimogênio e artilharia estão sendo usados contra os manifestantes.
Na noite deste domingo, o filho de Muammar Khadafi, Saif al-Islam Khadafi, disse que a Líbia "não é o Egito, nem a Tunísia" em pronunciamento no canal de televisão estatal.
Ele disse ainda que "houve erros" por parte do exército, que "foi atacado pelas pessoas, algumas delas sob influência de drogas" e "não foi treinado para conter revoltas".
A Líbia vive dias de tensão e tumultos, concentrados especialmente no leste do país, onde a oposição ao coronel Khadafi é mais forte.
Relatos da cidade de Benghazi, no leste do país, dizem que mais de 200 pessoas foram mortas depois que o exército usou armas pesadas contra os manifestantes, que pedem o fim do governo de quatro décadas do coronel Muammar Khadafi.
Pronunciamento
Em pronunciamento na televisão estatal, Saif al-Islam Khadafi disse que "um grupo de pessoas que vive fora tentou fazer com que o país chegasse ao mesmo ponto que o Egito chegou usando a internet e o Facebook".
O filho de Muammar Khadafi disse que o país está em meio ao caos e que parte dos manifestantes faz parte de grupos islâmicos que querem dividir o país.
"A Líbia é feita de tribos e não de partidos políticos. Não queremos uma guerra civil."
Ele afirmou ainda que, durante a escalada de violência em Benghazi, "algumas poucas pessoas morreram e a violência contra a polícia aumentou", contrariando os relatos de testemunhas no local.
Khadafi disse que o número de mortes não passou de 14 e que a mídia "exagera" a situação.
Segundo o filho do coronel, as mortes aconteceram por causa de um "erro" do exército, que não estava treinado para enfrentar os tumultos, e citou relatos de soldados que teriam sido atacados por pessoas "sob a influência de drogas".
No entanto, Khadafi disse que o país teria reformas e que o regime mudaria "radicalmente" e declarou que o governo "enfrentaria os protestos até que o último homem estivesse de pé".
Controle
Manifestantes teriam assumido o controle da maior parte da cidade de Benghazi, na Líbia, após conflitos com as forças de segurança.
Segundo relatos não confirmados, um dos principais quartéis das forças do governo está nas mãos dos manifestantes, depois que um comandante do exército passou para o lado da oposição.
O correspondente da BBC no Oriente Médio, Jon Leyne, disse que também há relatos de que os protestos e os confrontos entre manifestantes e soldados estariam se espalhando por outras cidades no leste do país.
"A maior parte do leste do país parece estar, no momento, nas mãos da oposição", disse Leyne.
Correspondentes da BBC na região dizem que a erupção de protestos em Trípoli é um golpe na tentativa de Khadafi de conter os protestos no leste do país.
A Líbia é um dos vários países árabes ou muçulmanos a enfrentar protestos pró-democracia desde os levantes populares que levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.

Um novo oriente médio

Análise: A insatisfação que está criando um novo Mundo Árabe

Revoltas mostram que nenhum líder árabe está seguro no momento
Passaram-se somente cerca de dois meses desde que os primeiros protestos começaram na Tunísia, após a morte de um jovem desesperado que ateou fogo a si mesmo porque a polícia o impediu de vender frutas e vegetais.
Desde então, os presidentes da Tunísia e do Egito se foram.
Os manifestantes aprenderam que, se pressionarem, se superarem o medo da polícia, coisas extraordinárias podem acontecer.
Um dos líderes dos protestos no Cairo me disse que antes da primeira manifestação em 25 de janeiro, ele pensou que eles durariam cinco minutos - isto foi exatamente o que ele disse - antes de que fossem pegos pela polícia.
Não me incomodo de admitir que, no dia seguinte, quando fui ao Cairo, achei que o governo do presidente Mubarak seria muito forte para os manifestantes, mas não foi.
Agora está claro que nenhum governante árabe pode se permitir sentir-se seguro. E os protestos no Irã também recomeçaram.
As autoridades iranianas, e as autoridades árabes no Iêmen, na Líbia, na Algéria e em Bahrein estão enfrentando os manifestantes. Outros líderes, e suas polícias secretas, se perguntam quando as manifestações vão começar em seus países.
Em cada país, as pessoas tem suas próprias razões para estarem insatisfeitas. Mas eles tem características em comum.
Uma destas características é ter governos que são repressores, em maior ou menor grau.
Outra é a frustração das populações jovens, que sabem cada vez mais sobre o mundo exterior do que a geração anterior a eles.
Sem tabus
A opinião popular no Oriente Médio árabe só emergiu há cerca de 50 anos, através de rádios que ficavam em cafés e praças públicas de cidades pequenas, geralmente estavam sintonizados em transmissões altamente partidárias vindas do Cairo.
Os líderes concluíram que eles podiam manipular a maneira como as pessoas pensavam, mas não podem mais.
Desde meados dos anos 1990, os canais de televisão via satélite que transmitem para diversos países árabes vem destruindo tabus sobre o que pode ser discutido pelas pessoas.
E agora, o crescimento das redes sociais significa que qualquer um pode participar das discussões.
Países não podem mais ser fechados, mas seus governantes continuam a se comportar como se ainda fosse 1960.
Muitos olhos agora estão em Bahrein. Por anos, a família real sunita tentou aumentar seu controle sobre uma população que é 70% xiita.
Eles trouxeram sunitas de outros países para mudar a proporção da população. Os sunitas que chegaram ao país receberam passaportes e outros benefícios que incluem empregos nas forças de segurança.
Bahrein está ligado ao nordeste da Arábia Saudita por uma estrada.
Conflitos entre os xiitas bairenitas preocupam a família real saudita. A região nordeste do país, que é onde está a maior parte do petróleo, tem uma grande população xiita e é considerada uma espécie de "quinta coluna" dos governantes xiitas do Irã - ainda que sem muitas evidências.
Talvez a família real saudita deva ficar nervosa. Tanto o rei quanto princípe estão velhos e doentes.
Antes do início dos protestos dos países árabes a Arábia Saudita já estava se preocupando com a transferência de poder para a próxima geração de príncipes.
Se os sauditas estão preocupados, imagine os cálculos que estão sendo feitos em Washington, em Londres e em outras capitais do ocidente.
Por muitos anos países que se orgulharam da democracia e dos direitos humanos apoiaram regimes não democráticos que, em graus diferentes, oprimiam seus povos. Foi uma hipocrisia diplomática conveniente.
Mas agora, os países do ocidente terão que lidar com um novo Oriente Médio. E neste momento, ninguém tem nenhuma ideia de como ele vai ser.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A China e a Energia Nuclear

China diz ter tecnologia para garantir combustível nuclear por 3 mil anos

Usina de carvão chinesa
País quer reduzir dependência das usinas movidas a carvão
A televisão estatal da China anunciou nesta segunda-feira que o país desenvolveu um processo próprio para reprocessar combustível nuclear que poderia garantir o abastecimento de suas usinas por 3 mil anos.
O país lançou um ambicioso programa para construir diversas usinas nucleares, mas a mídia estatal afirma que o atual estoque chinês de urânio – usado no programa nuclear – é suficiente apenas para os próximos 70 anos.
Há 24 anos cientistas chineses vêm trabalhando no método de reaproveitamento de combustível.
O novo sistema é caro e complexo, mas permite que combustível nuclear usado seja utilizado novamente nas usinas.
A China não é o primeiro país a desenvolver estações para reprocessamento de combustível nuclear – França, Grã-Bretanha e Índia já têm tecnologias similares para isso.
Mas, no caso chinês, a tecnologia terá implicações ainda mais significativas, já que o país tem procurado reduzir a atual dependência do carvão por meio da diversificação de suas fontes energéticas.